CRISE: Depois da Alumar, Vale realizará mais de 500 demissões; 300 já oficializadas
Depois das demissões anunciadas pela Alumar chegou a vez da Vale tomar a mesma medida desligando mais de 5oo profissionais do seu quadro funcional, sendo que mais de 300 já foram oficializadas.
O corte está sedo atribuído à crise econômica que a companhia atravessa com uma redução brusca do volume de carga transportada.
O mercado de minério de ferro passa por um momento difícil e depois da duplicação da ferrovia o preço caiu, consequentemente a Vale se endividou fazendo com que centenas de funcionários desocupem seus postos de trabalho.
Apesar de atingir outros Estados, a crise no Maranhão é grave. Hoje não chega a 15 o número de navios ancorados para serem carregados de minério, quando em anos anteriores tínhamos mais de 50.
O movimento alcançou Minas Gerais, Espírito Santo e Pará que também estão com as operações comprometidas e farão cortes no quadro de empregados.
A Vale nega e diz que não há ‘demissão em massa’. A redução de pessoal é atribuída como movimento natural de ‘troca de funcionários’, o chamado ‘turn over’, que segundo diretores, está dentro dos padrões históricos da empresa.
O certo é que por conta das demissões, as mobilizações sindicais já ganharam força.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias nos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins (Stefem), Lúcio Azevedo, foi categórico ao afirmar que: “a Vale deveria compensar os empregados pela sua contribuição para a lucratividade da empresa nos anos passados com a garantia da empregabilidade”.
Segundo ele, “desde janeiro até começo de abril houve 203 demissões de empregados da Vale na área de influência do Stefem. No último dia 16 a empresa oficializou 135 novas demissões”. No mesmo dia o sindicato bloqueou a entrada de funcionários da Vale na portaria da ferrovia, em São Luís e ainda realizou uma manifestação no dia seguinte na entrada do portão do porto da Vale.
Lúcio mostra-se sumariamente contra os cortes. Mas parece que não há um bom canal de discussão estabelecido com a Vale e mesmo com os protestos, as demissões não vão parar. Centenas de trabalhadores ainda serão desligados da companhia, o que é lamentável!
Histórico de demissões no país
A Vale fechou 2014 com 76.531 empregados diretos no Brasil e no exterior, 1.276 pessoas a menos em relação aos 77.807 contratados de 2013.
Em 2012, eram 79.411 funcionários diretos. Essa base de comparação exclui, dos anos de 2012 e de 2013, empregados que pertenciam a empresas vendidas pela Vale, como a Valor da Logística Integrada (VLI), entre outras.
Só com criação da VLI, deixaram a base funcional da Vale 5.442 empregados em 2013.
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